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Bradesco Asset Management dimensiona o impacto da possível precificação de carbono nos lucros das empresas

Publicado em 2020-05-03 00:00:00.0

Bradesco Asset Management

Considerando a relevância dos efeitos das mudanças climáticas sobre os negócios e, consequentemente, nos portfólios de investimentos, a Bradesco Asset iniciou em 2018 um estudo piloto de sensibilidade da precificação interna de carbono (PIC) em conjunto com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGVces)

Signatária dos Princípios para o Investimento Responsável das Nações Unidas (PRI), a Bradesco Asset apresenta processos e metodologias que consideram a avaliação de riscos e oportunidades das questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) sobre o desempenho de seus ativos desde 2013. Embora o Brasil ainda não conte com uma regulação voltada para a precificação de emissões de gases de efeito estufa (GEE), o que atualmente é alvo de discussões no âmbito do projeto PMR Brasil, a Bradesco Asset acredita que as mudanças climáticas impactarão as empresas no médio e longo prazos e, portanto, vem aprimorando seus processos para integrar a dimensão climática em suas avaliações sobre as empresas.

Este estudo piloto teve o objetivo de ampliar a compreensão da Bradesco Asset sobre qual teria sido a magnitude de eventuais impactos econômicos sobre o lucro líquido das empresas em sua carteira de investimentos nos últimos 5 anos (2014- 2018). Os impactos aqui considerados decorreriam da adoção futura, por parte do governo brasileiro, de instrumentos econômicos voltados para a indução da redução das emissões GEE na economia brasileira, como decorrência dos compromissos assumidos pelo país internacionalmente.

Dentre as diferentes abordagens existentes para os exercícios de PIC, este estudo piloto optou pela abordagem de “preço sombra” (shadow price), utilizando cenários de preços para as emissões de GEE (R$/tCO2e). Os cenários foram baseados em estudos de estimativas de preços para a economia brasileira e, também, nos preços praticados em regulações do tipo cap-and-trade vigentes em outros países/regiões, como Califórnia, Europa e Chile.

Os resultados encontrados apontaram que, entre as 54 companhias analisadas, os setores de siderurgia, de refino de petróleo e indústria química seriam os mais afetados a partir do cenário que considerou um preço único para todos os setores da economia. Entretanto, no cenário que considerou o custo para uma empresa reduzir as emissões, os setores de transportes, serviços e alimentos seriam os mais impactados. Essa diferença entre os cenários ocorre porque, para empresas que emitem pouco GEE, o custo para fazer alguma redução é maior do que para aquelas empresas que emitem muito e têm “gordura para queimar”.

A partir do estudo de sensibilidade de precificação de carbono, a Bradesco Asset integrará tais informações na análise ESG de cada companhia. Nas análises futuras, poderão ser utilizadas proxies setoriais para aquelas companhias que não foram incluídas no estudo de sensibilidade pela ausência de informações disponíveis e projeções de emissões, expandindo o componente de temporalidade considerado neste projeto piloto.

#sustentabilidade #cdi #credito #acoes

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